Retração palpebral: O que é, quais as causas e como tratar

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O que é?

É o deslocamento da pálpebra superior para cima e da pálpebra inferior para baixo, de modo que o olho fique mais aberto dando a impressão de “olhos arregalados”.

 

Quais as causas?

A causa mais comum é a oftalmopatia relacionada à tireóide (oftalmopatia de Graves), porém também pode ser causadas por cirurgias de estrabismo em que os músculos extraoculares são recuados sem proteção aos ligamentos ou por blefaroplastias intempestivas (plásticas palpebrais) com trauma dos músculos retratores e excisão exagerada de gordura. Também pode aparecer nos casos de compensação de queda palpebral contralateral ou situações de estresse temporárias.

 

Quais os sintomas?

Como o olho fica mais aberto, fica mais exposto ao ambiente, causando sintomas como vermelhidão, dor, inflamação da córnea (ceratite), entre outros.

 

Qual tratamento?

O tratamentos dos casos leves se faz com colírios e pomadas apenas. Os casos moderados a graves, a correção cirúrgica está indicada. Existem várias técnicas possíveis: na pálpebra superior pode-se lançar mão da mullerectomia (ressecção do músculo de müller) ou recuo simples da aponeurose do MLPS por via anterior (via cutânea) ou posterior (via transconjuntival) ou colocação de espaçadores (esclera, fáscia lata, fáscia temporal). Na pálpebra inferior, nos casos de blefaroplastia inferiores iatrogênicas, pode-se lançar mão do levantamento do malar (soof lift), interposição de espaçadores (palato duro e cartilagem auricular) entre os retratores e o tarso ou mesmo a enxertia livre de pele.

 

Atenção! Nos casos em que o paciente possui oftalmopatia relacionada à tireóide e este se encontra em fase ativa da doença, a correção cirúrgica deve ser postergada, sob pena de ter que refazer a cirurgia no futuro. Por esse motivo, a avaliação de um oftalmologista com expertise em cirurgia oculoplástica ou mesmo um oftalmologista geral com experiência na doença é fundamental para reconhecer a fase em que o paciente se encontra.

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